Ela mora aqui na minha cidade e é amiga de longa data.
Falei dela AQUI e AQUI.
Depois de muitas tentativas naturais para engravidar, sem sucesso, ela e o marido recorreram à fertilização in vitro. E o resultado, já na primeira tentativa é essa menina linda, a Manuela.
Confiram a história emocionante dela e se inspirem.
Quando casei eu tinha 17 anos e meu marido 22 anos. Foi por amor e em “comunhão universal de dívidas”, ou seja, começamos juntos a construir uma vida a dois, sem dinheiro mas com muitos sonhos para realizar.
O principal sonho era formar uma família, com filhos,
cachorro, papagaio... mas antes eu quis estudar e somente no último ano de
faculdade, já com 11 anos de casados é que começamos a fazer os exames de
rotina para a encomenda com a cegonha.
Para nossa tristeza e desencanto descobrimos que meu marido
tinha menos de 2% de fertilidade devido à baixa produção de espermatozoides.
Muitos homens demoram ou nunca chegam a desejar realmente
formar uma família, mas meu marido sempre sonhou em ter filhos como forma de se
sentir completo e feliz.
Fiquei sem chão, parecia tão injusto que alguém tão cheio de
afeto para oferecer a uma criança como ele, fosse privado de ter seu próprio
filho.
Esperei uns meses e o convenci a começarmos o que seria uma
jornada de exames e consultas médicas em busca de alguma esperança.
Depois de diferentes alternativas, incluindo 02 anos de
controle hormonal e coito programado, tudo sem nenhum sucesso, ficamos cansados
e decidimos entrar para a fila de adoção.
Com a sensação de termos tomado a decisão certa, começamos a
pesquisar a respeito e veio então uma nova decepção ao sabermos que o tempo de
espera previsto na fila de adoção era de aproximadamente 5 anos por querermos
uma criança com no máximo 3 anos de idade, mesmo que independente de cor o
sexo.
Foi revoltante saber que, a morosidade e burocracia do
processo de adoção impede crianças carentes de amor e casais com afeto de sobra
para dar, de se encontrarem e formarem um família.
Já estávamos casados há 13 anos e esperar mais 5 para ter
um filho parecia insuportável. Então procuramos o melhor especialista em
fertilidade da nossa região, que nos indicou a F.I.V. (fertilização in Vitro)
como a única opção com chances reais de sucesso. Havia finalmente uma
esperança, então resolvemos por questões financeiras, tentar uma única vez, e caso não desse certo,
aguardaríamos o tempo que fosse por um filho adotivo.
Fiz uma pausa na minha vida: passei a trabalhar menos,
aprendi a relaxar e deixei tudo organizado para poder dar uma “sumida” de minha
empresa durante o tratamento.
Encarei tudo com alegria, apliquei sozinha as injeções
diárias, tomei os remédios direitinho e fiz o repouso sugerido pelo médico após
a implantação dos embriões. E rezei muito, muito, muito, para conseguir realizar
este sonho e principalmente para fazer de meu marido um pai.
Treze dias depois da F.I.V, numa tarde chuvosa, estávamos
eu, meu marido e minha mãe abraçados, chorando com o exame positivo nas mãos!
Dali para frente foram os meses mais felizes da minha vida
até então, imaginado e planejando tudo para a chegada do nosso bebê que mais
tarde saberíamos ser uma menina, que decidimos chamar de Manuela.
A gravidez passou muito rápido, mas curti cada minuto e
apesar de alguns desconfortos físicos, foi tranqüila e uma época muito feliz,
onde me senti abençoada.
Hoje, meu momento preferido do dia é quando faço minha filha
dormir aconchegada no meu colo, sentindo sua respiração calma e totalmente
entregue depois de todas as peraltices dela no decorrer do dia. Nesse momento é
impossível não se emocionar e
agradecer por ela estar aqui
comigo e finalmente sermos uma família completa.
A poucos dias da Manuela completar 01 ano de vida, quando me
perguntam se ser mãe foi como imaginei, minha resposta é:
- Jamais imaginei que pudesse ter depressão pós parto,
aliás, qualquer tipo de depressão.
- Não esperava que minha filha pudesse nascer com refluxo
severo, que nos acompanhou num desafio diário do 20º dia até os 09 meses.
- Planejei amamentar pelo menos até 01 ano e por diversos
motivos não consegui passar do quinto mês.
Mas também:
- Não imaginava que um bebê pudesse unir tanto uma família e que eu passaria a amar e admirar ainda mais minha mãe e minhas irmãs.
- Nem sonhava que fosse possível sentir tanto amor, se doar
tanto e com tanto prazer aprendendo a cada dia com um ser tão frágil que é um
bebê.
- Não imaginava que pudesse amar meu marido ainda mais do
que já amava. Mas já sabia que ele seria um pai maravilhoso como ele de fato
tem sido.
- Não planejava ficar tão boba, daquelas mães orgulhosas
mostrando fotos da filha no celular enquanto está na fila do supermercado.
- Não desejava incomodar tanto minha mãe pedindo ajuda e
nem imaginava que ela teria tanta alegria e prazer em me ajudar (obrigada mãe).
- Sonhava em ver meu marido com nosso bebê nos braços, mas
nunca imaginei que seria tão emocionante e que tantos meses depois eu ainda
ficaria com os olhos marejados de vê-lo com a Manu no colo.
- Se tivesse planejado como a Manuela seria, não teria
chegado nem perto da criança surpreendente e maravilhosa que ela é!
Se estamos felizes? Sim, e muito, muito mais do que
poderíamos imaginar, desejar ou planejar.
8 comentários:
Q linda historia, uma historia de amor mesmo! Que Deus abençoe!
Nossa linda historia.... e com um final mais q feliz ne... amei
bjs
Linda historia! Parabens pela familia linda! :)
Que depô emocionante... adorei!
Que Deus abençoe essa família linda!
Linda história e o mais importante é que teve final feliz, aliás, final não... pq está apenas começando com esse presente lindo que é a baby.
bjo!
LINDAAAA historia!!!!!!!!!!
Toda essa luta com certeza contribuiu para você ser a mãe que é hoje. Corajosa, atenciosa e amorosa. Tenho orgulho de vocês, e amo muito vocês duas.
Ela esta cada dia mais linda! beijus
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