25 março 2013

O valor das coisas

Participo de um grupo de brechó entre mães no facebook e em pouco tempo pude perceber uma coisa interessante: não adianta você colocar à venda uma roupa linda, bem cuidada e com bom preço. Isso não é atrativo pra maioria das mães. Tem que ter aquela coisa chamada "marca". E se for estrangeira melhor ainda. Por isso quase não consigo vender nada, pois a Beatriz praticamente não tem roupas de marca. As que tem, ou ganhou, ou comprei em liquidações. Mas não pela marca em si, e sim pela beleza do produto, pelo preço e pela qualidade.

Me pergunto como é que essas crianças vão crescer dando valor às coisas que importam...
Simples: não vão.
Vão ser iguaizinhas às mães. Vão querer a mochila mais cara, o tênis da marca top, as roupas importadas.
Vão se introduzindo no mundo da futilidade desde cedo.
E muitas vezes, quer dizer, na maioria das vezes essas mães não têm dinheiro nem para o essencial na vida dessa criança. Ah, mas para as roupas de marca elas sempre dão um jeito.
Muitas vezes devem pra Deus e o mundo, mas estão com o carro do ano e bolsa Louis Vuitton.
Reclamam da mensalidade irrisória de uma creche mas não do preço absurdo de uma roupinha que vai servir por bem menos de 1 ano.

Bom, eu adoro roupas bonitas e de qualidade, tanto pra mim quanto pra minha filha.
Mas independe se é de marca conhecida, desconhecida, nacional, estrangeira, se minha mãe que fez ou se mandei fazer na costureira.
Então acredito que vou ensinando minha filha desde cedo a ter bom gosto, porém sabendo dar valor ao dinheiro.

Quero que ela cresça acreditando que mais vale um jeans surradinho dentro de um lar harmonioso, com pais carinhosos, amigos e companheiros do que aquela peça tendência da última coleção dentro de um lar fútil cheio de intrigas, desunião e ostentação.


18 março 2013

Pense bem: Você está pronta?


Para ser mãe?
Pense bem e responda às perguntas abaixo:

Você está pronta para...

- Deixar de sair com seus amigos para ficar com seu filho em casa?

- Deixar de viajar e curtir aquelas férias tão sonhadas com seu marido?

- Ficar muitos meses sem ter uma noite a dois, sem preocupações e sem horário pra voltar?

- Ter o sono picadinho?

- Passar noites em claro?

- Demorar muitos meses ou até anos para ter uma noite de sono ininterrupto e tranquilo?

- Ter muitas olheiras?

- Não ter seu corpo igual ao que era antes da gravidez?

- Ser dividida entre seu marido e seu filho? Sendo que por um bom tempo você será quase que exclusivamente de seu filho. (sugestão da Andrea Fregnani)

- Ensinar e cobrar de seu marido todos os afazeres que um filho irá trazer consigo?

- Se preocupar eternamente?

- Se culpar eternamente?

- Deixar de comprar coisas para você para poder comprar para seu filho?

- Tentar curar uma birra daquelas bravas dentro do shopping?

- Receber críticas quanto à sua forma de educar seu filho?

- Ouvir palpites de todos os tipos, desde a gestação até seu filho se tornar adulto, ou mais. (sugestão da Carol)

- Deixar em segundo plano a vida profissional (sugestão da Cláudia Leite)

- Comer comida fria?

- Às vezes não ter tempo para comer ou até se esquecer de comer?

- Tomar banhos muito mais rápidos do que você jamais imaginou ser possível?

- Fazer xixi na velocidade da luz?

- Sentir o maior e mais lindo amor do mundo?

Caso tenha respondido NÃO a alguma questão, repense.
Caso tenha respondido SIM a todas elas PARABÉNS, você será uma ótima mãe!

E aí meninas, esqueci de alguma coisa?
Beijos

14 março 2013

O fantasma do Câncer

Nunca falei abertamente aqui no blog sobre esse assunto...
primeiro porque trata-se da minha mãe, segundo porque não me sentia à vontade para falar.
Mas acho que chegou a hora e espero que esse relato sirva pra abrir os olhos das mulheres.

Quando eu estava tentando engravidar, em 2010, resolvi dar uma parada nas tentativas por conta do acontecimento contado abaixo LEIA AQUI

     No início de 2010 minha mãe sentiu um carocinho na mama esquerda, quase na axila. Fez a mamografia que não acusou nada. O carocinho começou a aumentar e a doer. Então ela foi a um médico que disse que não era nada. Foi a outro que sequer a examinou. Somente olhou o resultado da mamografia e disse para voltar pra casa. Enquanto isso o caroço foi aumentando. Em agosto já estava grandinho e foi quando meu pai teve um princípio de infarto e precisou fazer uma angioplastia. Então agosto foi o mês de cuidar do meu pai.
Em setembro de 2010, não contentes com os diagnósticos dos 2 médicos procuramos um mastologista, que por sinal é obstetra/ginecologista e cuida de mim, da minha mãe e de mais de uma dezena de amigas minhas.
Ao examinar a minha mãe solicitou uma série de exames, inclusive biópsia.
Lembro como se fosse ontem, eu indo com a minha mãe receber o resultado, que por infelicidade acusava um câncer de mama.  A partir daquele dia a preocupação, o medo e a incerteza nos acompanharam constantemente.
Muitas vezes chorei. Muitas vezes perguntei "Por que?". "Por que a minha mãe?"

Minha mãe é uma pessoa do bem. (Já falei dela AQUI)
Sempre alegre, contagia a todos à sua volta.
Desde a descoberta do câncer de mama ela passou por sessões de quimioterapia, radioterapia, 2 cirurgias (uma na mama e uma no pulmão - metástase) e agora está em tratamento com quimioterapia oral, em casa.
São quase 3 anos na rotina de exames de mamografia, ultrassonografia, ressonância magnética, tomografia computadorizada, pet scan, exames de sangue, cirurgias e tratamentos... e ela está SEMPRE otimista, fazendo planos e curtindo cada dia.
Eu a admiro!
Mesmo com os efeitos colaterais desse monte de tratamento (e não pensem que é coisa pouca) ela consegue nos dar uma lição de coragem. Como dizem lá no nordeste: Eita mulher porreta!
Essa é a minha mãe.
E vamos seguindo, um dia após o outro.
Sempre com a esperança da cura, mas sempre, também, com o medo.

Porém, algo, ou melhor, alguém dá a toda a família a força que falta.
Minha pequena Beatriz...
Sem ela tudo seria imensamente mais difícil. Disso eu tenho certeza.


Não sei o que seria de nós sem esse vovô e essa vovó

Sempre que converso com Deus peço uma única coisa, ou melhor, duas:
que minha mãe vença essa doença e que encontrem a cura do câncer.
Só quem tem um caso na família consegue entender o sofrimento que é.
Só quem está passando por isso consegue sentir nas minhas palavras os sentimentos que elas trazem consigo.

09 março 2013

Minha Segunda Gravidez - Post Especial


Hoje temos um post especial, da minha querida amiga Daniela Konkevitz, que engravidou da linda Isabel quando eu estava de 4 meses da Beatriz. Agora ela está grávida do segundinho e vem aqui nos contar essa mistura de sentimentos que vem junto com a segunda gravidez.


"Eu fui uma criança muito maternal. Minhas 3 bonecas preferidas eram tratadas como filhas 24 horas por dia. Meu cachorro, meu pintinho e meus gatinhos também sofriam, digo, sentiam todo meu carinho transformado em cuidados maternais. Eu adorava brincar de ser mãe! Mas a época das brincadeiras foi passando e, chegada a adolescência, a realidade mudou a minha maneira de ver as coisas.

Lembro que a única certeza que eu tive até meus 28 anos foi: eu não quero ter filhos. Não sei bem o que aconteceu em seguida, mas vi renascer naturalmente a tal vontade e resolvi assumir para mim mesma que queria ser mãe, sim. Observando o mundo ao meu redor, passei a aceitar que a decisão de ter filhos era tudo, menos racional. Então eu me entreguei à emoção. Eu e o meu marido começamos as tentativas e três ou quatro meses depois, eu estava grávida da Isabel. Imaginei encontrar um tipo indescritível de amor e foi exatamente o que encontrei. A minha filha é a parte mais fantástica da minha vida! Pelo menos até agora...

A maternidade me trouxe muitas experiências tragicômicas e eu tive muita sorte, muita ajuda (um beijo especial para meu marido, Henrique, e para minha irmã, Aline). Nossa, foi um ano muito trabalhoso e extraordinário! Ao final deste primeiro ano, resolvi desmamar a Isabel e, sem querer, enfrentei uma polêmica por conta disso. Resisti bravamente a muitas críticas por parar de amamentar aos 12 meses, mas também resisti a tantas outras por continuar amamentando depois do 6º mês - vai entender!? Concretizado o desmame, logo em seguida percebi que meu ciclo havia voltado. A natureza foi rápida, viu? Resolvi avisar o Henrique do risco, mas ele me disse: “Dani, não se preocupa. Engravidar não é assim tão fácil”.

Pois então. Como meu anticoncepcional pós-desmame ainda não havia sido iniciado, contei os dias e fiz o beta hCG só pra conferir. Ao receber o “indeterminado”, não conseguia assimilar muito bem o que estava acontecendo. Cinco dias depois, o "positivo" do exame confirmou as suspeitas, mas não abrandou “o” susto! Dois bebês em casa! Já?! Uma diferença de apenas 1 ano e 9 meses entre eles!?! E foi assim que minha segunda gravidez já começou completamente diferente da primeira.

Eu chorei emocionada (de novo) quando ouvi o coraçãozinho do meu segundo filho através da ultrassonografia. Admito, porém, que a conexão com este bebê é diferente, pois as circunstâncias também são. As pessoas se apressam em incutir a culpa nos nossos corações confusos, tratando qualquer dúvida como algo essencialmente negativo. Eu discordo. Isso tudo, essa confusão, tem mais a ver com a situação, nunca com o bebê. Acho que se a intenção de uma pessoa é ajudar uma gestante assustada, apenas compreenda e apoie, não julgue.

Bom, passado o susto do segundo beta hCG positivo da minha vida, minha neurótica preocupação com a saúde do meu bebê e a mania de usar o Google, claro, voltaram! Experimentei a alegria de saber que metade daquela tralha toda que te disseram ser “fundamental” nos primeiros meses do bebê, é inútil (desta vez eles não me pegam!). Percebi que as pessoas te parabenizam de um jeito mais tímido e os mimos praticamente não existem (uma pena!). Você não tem muito tempo pra “ser” grávida. Por exemplo: sabe aquele sono desesperador que toma conta do seu corpo de hora em hora? Pois é, muitas e muitas vezes ele será ignorado em nome do primogênito. Não há mais medo do desconhecido, mas você conhece muito bem o que deve temer. Desta vez eu entendo que a amamentação pode ser muito gratificante, mesmo com 2 episódios de mastite. Meu corpo mudou e vai mudar mais ainda, eu sei. Mas a vaidade muda também, afinal as novas prioridades nos tornam pessoas muito menos superficiais. Acredito que tudo se torna mais intenso. Um exemplo dessa intensidade é que a Isabel há pouco tempo começou a ir para a creche e, de cara, já ficou doentinha. Eu com os sintomas punk dos primeiros meses de gravidez, cuidando da minha filha doente, nossa... achei que iria me perder no caos, mas consegui cuidar de nós todos. Como prêmio, ganhei também muito mais confiança na força que a gente adquire em nome dos filhos. É emocionante!

Sinto, de verdade, que se a Isabel já é a parte mais fantástica da minha vida, ela ganhou alguém tão amado quanto ela para dividir este posto. Entendo que é preocupante por si só listar tudo aquilo que envolve a boa criação de dois filhos, mas é irresistível imaginar (apaixonada!) como tudo ficará ainda melhor agora que esse amor indescritível de mãe poderá ser multiplicado por dois.



05 março 2013

Ela não fala nada... mas entende tudo!

Toda mãe acha que seu filho é o mais lindo, mais inteligente, mais tudo.
Não é verdade?
Não desmerecendo as outras crianças, lógico, mas sou mãe coruja.
E mãe coruja é assim mesmo, não adianta.
Eu acho a minha filha muito inteligente, muito esperta.
Como é que pode um pinguinho de gente de 1 ano e 5 meses, que esses dias nem sabia sentar, quem dirá correr a 100 por hora, saber exatamente o que queremos dizer com nossas frases de adultos?

Por exemplo:
- "Beatriz, pega os chinelos do vovô e coloca nos pés do papai."
E lá vai ela, toda faceira cumprir a ordem.
- "Filha, onde está a pecinha do brinquedo que está faltando?"
E lá vai ela buscar a pecinha e me dar nas mãos.
- "Meu amor, como é que os Backyardigans dançam?"
E ela abre os bracinhos e fica girando.

E outros exemplos como apontar as partes do corpo como cabeça, olho, orelha, nariz, língua, boca, mão, barriga, joelho, pé, pererequinha... hehehehehehe
Coisa linda de ver!

Esse é o jeito dela de se comunicar. Por gestos. Apontando as coisas, Balançando a cabeça.
Ela ainda não fala, a não ser mamãe, papai e não (vulgo MAO)!
Não me preocupo, pois cada um tem uma velocidade e assim como ela começou a andar mais cedo que outras crianças não tem problema em começar a falar mais tarde.

Mas mesmo não falando ela entende tudo.
E por isso eu me orgulho dessa pequerrucha linda.

É muito legal ver todo o desenvolvimento assim de perto.
Acompanhar cada etapa.
Comemorar cada conquista.

Acho que hoje as crianças meio que nascem sabendo.
Ou será que a gente também era assim?




 
Beijos

03 março 2013

03 de março de novo???

Gente, parece que foi mês passado que comemorei meus 33 aninhos.
E hoje já estou comemorando 34! O tempo voou!!!
Com uma criança em casa voa mais rápido, não é?

Hoje comemoro meu aniversário com muita, mas muita alegria.
No ano passado a Beatriz já estava com a gente, mas nesse ano ela está presente ativamente, e bota ativamente nisso. E consequentemente trazendo muita alegria e muitos sorrisos pras nossas vidas.

Obrigada minha filha por ter me dado a oportunidade de ser sua mãe.
Obrigada Jonas, meu amor, por estar sempre ao meu lado.


 Bjos