31 julho 2015

Pronação dolorosa

Você já ouviu falar em “Pronação dolorosa” OU "Cotovelo da Babá"?

Há um pouco mais de duas semanas meu filho Lucas de 10 meses passou por isso e então resolvi fazer esse post para quem sabe ajudar outros pais que também estejam passando pelo mesmo.


O que é Pronação Dolorosa? 

“É um pequeno deslocamento da cabeça do rádio em relação ao ligamento anular. O rádio é um dos ossos do antebraço e a cabeça do rádio é a porção deste osso que participa da articulação do cotovelo. O ligamento anular envolve a cabeça do rádio como um anel. Esta lesão ocorre em crianças menores de cinco anos, devido à consistência mais elástica dos ligamentos e ao desenvolvimento ósseo incompleto. A história é quase sempre a mesma. A criança é puxada pela mão ou pelo antebraço; por exemplo, quando a mãe segura a criança para que esta não saia correndo pela rua, ou quando a criança é balançada pelos braços” (Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia).”

Tratamento 
Procurar atendimento médico para que seja feito o adequado tratamento. 
Na vigência da descrição clássica do trauma, o procedimento a ser realizado se chama redução, que consiste em “colocar o osso deslocado no lugar”. Feito isso, a melhora da dor e o restabelecimento dos movimentos são quase imediatos. 

Evite 
Manipular o braço da criança, principalmente quando o momento do trauma não foi testemunhado, ou seja, quando há apenas o relato de trauma e choro.
Evite puxar a criança pelas mãos; desta forma, não ocorre o mecanismo de tração sobre o cotovelo. 
Essa orientação deve ser seguida pelos pais, cuidadores, babás, professores, irmãos e outras pessoas que tenham contato com a criança. 

Não sei exatamente o momento em que isso aconteceu e nem onde aconteceu, se em casa ou na creche, se ele caiu sozinho, se a Beatriz puxou seu braço sem querer, se o pegamos de mau jeito... O fato é que na quinta feira, 16 de julho, Lucas acordou diferente, quietinho. Ficou sentadinho na minha cama brincando, mas notei que mexia somente o braço esquerdo. O peguei no colo e notei que resmungou. Mas nada além disso. Alguns minutos depois começou a chorar sem parar, me olhando no fundo dos olhos, com expressão de dor e de tristeza. Eu quase estava chorando junto, pois não conseguia identificar o motivo. Então parei pra analisar e notei que o bracinho direito ficava sempre coladinho ao lado do corpo. Tentei dar alguns brinquedos pra ele pegar e ele esticava o braço esquerdo, deixando o direito imóvel. Tentei dobrar o bracinho e ele gritou.

Foi aí que resolvemos levar para o pediatra, que o analisou e achou que fosse algo no ombro. Pediu raio-x.
Fomos até o ortopedista antes de fazer o raio-x e ao apalpá-lo logo notou que não tinha nada de errado com o ombro e sim com o cotovelo.
Então falou que ía fazer uma manobra rápida, chamada “redução”.
Fechei os olhos e só ouvi um “click” seguido de choro.
Pronto. Estava tudo no devido lugar.
Porém, fomos fazer o raio-x mesmo assim para verificar se não havia mais nada.

Durante o exame meu menino permaneceu imóvel, com aquele bracinho paradinho. Levei o resultado para o ortopedista e estava tudo normal.
Durante o dia ele já estava mexendo um pouco o braço, mas estava longe do normal.
Pensei que em 2 ou 3 dias tudo ficaria bem, mas passaram 5 dias e o bracinho continuava caidinho ao lado do corpo. Meu filho fazia tudo com o braço esquerdo e reclamava de dor quando tentávamos levantar e esticar acima da cabeça o bracinho direito. Pensei: isso não está certo. Algo mais deve ter.
Então voltamos no ortopedista no 5º dia após a manobra e realizamos mais raio-x, dessa vez do tórax.
Novamente exame físico e raio-x perfeitos.
Não me convenci e marquei horário para 3 dias depois em um ortopedista pediátrico que avaliou e constatou que tudo estava bem e que a recomendação seria a de cuidar pra que não acontecesse novamente, pois depois da primeira vez é muito mais fácil que ocorra mais vezes.                      
Hoje o Lucas já está bem, engatinhando, mexendo em tudo, dando tchauzinho, mas estou tomando muito cuidado ao pegá-lo no colo e se vejo que ele está em alguma posição com o bracinho meio virado ou apoiado demais já trato de colocá-lo em uma posição mais confortável.

Um comentário:

Ivete disse...

Nossa Cintya, cada coisa. Obrigada por compartilhar as suas experiências, com certeza ela nós ajudam muito. Bjus!