Você já
ouviu falar em “Pronação dolorosa” OU "Cotovelo da Babá"?
Há um
pouco mais de duas semanas meu filho Lucas de 10 meses passou por isso e então
resolvi fazer esse post para quem sabe ajudar outros pais que também estejam
passando pelo mesmo.
O que é Pronação Dolorosa?
“É um pequeno deslocamento da
cabeça do rádio em relação ao ligamento anular. O rádio é um dos ossos do
antebraço e a cabeça do rádio é a porção deste osso que participa da
articulação do cotovelo. O ligamento anular envolve a cabeça do rádio como um
anel. Esta lesão ocorre em crianças menores de cinco anos, devido à
consistência mais elástica dos ligamentos e ao desenvolvimento ósseo
incompleto. A história é quase sempre a mesma. A criança é puxada pela mão ou
pelo antebraço; por exemplo, quando a mãe segura a criança para que esta não
saia correndo pela rua, ou quando a criança é balançada pelos braços”
(Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia).”
Tratamento
Procurar atendimento médico para
que seja feito o adequado tratamento.
Na vigência da descrição clássica
do trauma, o procedimento a ser realizado se chama redução, que consiste em
“colocar o osso deslocado no lugar”. Feito isso, a melhora da dor e o
restabelecimento dos movimentos são quase imediatos.
Evite
Manipular o braço da criança,
principalmente quando o momento do trauma não foi testemunhado, ou seja, quando
há apenas o relato de trauma e choro.
Evite puxar a criança pelas mãos;
desta forma, não ocorre o mecanismo de tração sobre o cotovelo.
Essa orientação deve ser seguida
pelos pais, cuidadores, babás, professores, irmãos e outras pessoas que tenham
contato com a criança.
Não sei
exatamente o momento em que isso aconteceu e nem onde aconteceu, se em casa ou
na creche, se ele caiu sozinho, se a Beatriz puxou seu braço sem querer, se o
pegamos de mau jeito... O fato é que na quinta feira, 16 de julho, Lucas
acordou diferente, quietinho. Ficou sentadinho na minha cama brincando, mas
notei que mexia somente o braço esquerdo. O peguei no colo e notei que
resmungou. Mas nada além disso. Alguns minutos depois começou a chorar sem
parar, me olhando no fundo dos olhos, com expressão de dor e de tristeza. Eu
quase estava chorando junto, pois não conseguia identificar o motivo. Então
parei pra analisar e notei que o bracinho direito ficava sempre coladinho ao
lado do corpo. Tentei dar alguns brinquedos pra ele pegar e ele esticava o
braço esquerdo, deixando o direito imóvel. Tentei dobrar o bracinho e ele
gritou.
Foi aí
que resolvemos levar para o pediatra, que o analisou e achou que fosse algo no
ombro. Pediu raio-x.
Fomos até
o ortopedista antes de fazer o raio-x e ao apalpá-lo logo notou que não tinha
nada de errado com o ombro e sim com o cotovelo.
Então
falou que ía fazer uma manobra rápida, chamada “redução”.
Fechei os
olhos e só ouvi um “click” seguido de choro.
Pronto.
Estava tudo no devido lugar.
Porém,
fomos fazer o raio-x mesmo assim para verificar se não havia mais nada.
Durante o
exame meu menino permaneceu imóvel, com aquele bracinho paradinho. Levei o
resultado para o ortopedista e estava tudo normal.
Durante o
dia ele já estava mexendo um pouco o braço, mas estava longe do normal.
Pensei
que em 2 ou 3 dias tudo ficaria bem, mas passaram 5 dias e o bracinho
continuava caidinho ao lado do corpo. Meu filho fazia tudo com o braço esquerdo
e reclamava de dor quando tentávamos levantar e esticar acima da cabeça o
bracinho direito. Pensei: isso não está certo. Algo mais deve ter.
Então
voltamos no ortopedista no 5º dia após a manobra e realizamos mais raio-x,
dessa vez do tórax.
Novamente
exame físico e raio-x perfeitos.
Não me
convenci e marquei horário para 3 dias depois em um ortopedista pediátrico que
avaliou e constatou que tudo estava bem e que a recomendação seria a de cuidar
pra que não acontecesse novamente, pois depois da primeira vez é muito mais
fácil que ocorra mais vezes.
Hoje o
Lucas já está bem, engatinhando, mexendo em tudo, dando tchauzinho, mas estou
tomando muito cuidado ao pegá-lo no colo e se vejo que ele está em alguma
posição com o bracinho meio virado ou apoiado demais já trato de colocá-lo em
uma posição mais confortável.
Um comentário:
Nossa Cintya, cada coisa. Obrigada por compartilhar as suas experiências, com certeza ela nós ajudam muito. Bjus!
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